Quando colher o milho para silagem? 

Saiba como identificar o ponto de colheita do milho ideal e entenda por que a escolha do híbrido pode fazer toda a diferença para uma silagem de alta qualidade.

27 de outubro de 2025

Por Sementes NK

Definir o momento ideal da colheita do milho para silagem é uma das decisões mais críticas para o sucesso da produção. Essa escolha, que é resultado de um planejamento cuidadoso e da observação precisa da lavoura, é o ponto de partida que define a qualidade final do alimento.

Acertar nessa etapa significa transformar a lavoura em um componente essencial da alimentação animal, capaz de impulsionar a produtividade e a rentabilidade da fazenda.

Neste conteúdo, vamos mergulhar nos detalhes técnicos e práticos sobre como encontrar a janela de corte ideal do milho para silagem. Abordaremos os pontos de atenção cruciais na fase de colheita do milho e como a escolha dos híbridos pode fazer toda a diferença para alcançar uma silagem de qualidade!

Milho para grãos vs. milho para silagem

Embora a planta seja a mesma, o objetivo da produção de milho para grãos e do milho para silagem é diferente, o que exige um olhar distinto sobre o manejo e as características desejáveis do híbrido.

Fotografia que compara duas fases do milho: em primeiro plano, plantas de milho verdes e folhosas (representando o ponto de silagem) e, em segundo plano, plantas de milho secas com espigas amarelas prontas (representando a colheita de grãos).

Entendendo as diferenças fundamentais

Produzir milho para grãos visa maximizar a quantidade de grãos por hectare e o seu foco está totalmente em seu rendimento e na facilidade da colheita mecânica, onde a planta precisa estar na umidade ideal.

extensa lavoura de milho seco e maduro, pronto para a colheita de grãos.

Já a produção de silagem tem como objetivo colher a planta inteira em seu pico de valor nutricional. Aqui, não apenas o grão importa, mas toda a porção vegetativa (colmo, folhas, espiga) é crucial.

O ideal para uma silagem de excelência é buscar alta digestibilidade das fibras e do amido dos grãos, assim como a textura de grãos, quantidade e qualidade da forragem.

Uma espiga de milho em desenvolvimento na planta. A palha verde envolve a espiga, e o cabelo na ponta está seco e marrom, um dos indicativos do ponto de colheita do milho para silagem.

As características desejáveis em um híbrido para silagem incluem:

    • Alta digestibilidade da fibra (FDN): a parte vegetativa da planta (colmo e folhas) compõe a fibra. Híbridos que proporcionam alta digestibilidade dessa fibra permitem que o animal aproveite melhor o alimento, resultando em maior consumo e consequentemente em uma boa produção de leite ou carne.

    • Bom “stay-green”: é a capacidade da planta de manter suas folhas e colmo verdes por mais tempo, mesmo enquanto os grãos continuam o amadurecimento. Isso amplia a janela de colheita e garante que a porção vegetativa da planta tenha maior qualidade nutricional no momento do corte.

    • Arquitetura de planta e produção de massa: híbridos com ótima arquitetura, que permitam alta produção de massa verde e proporção ideal de espigas são desejáveis para garantir silagem em volume e qualidade.

Portanto, a escolha de um híbrido ideal deve sempre ser baseada no objetivo final do produtor, seja ele de grãos, silagem ou ambos.

Colheita do milho para silagem: qual o momento ideal?

Quando pensamos na silagem do milho, uma das perguntas mais frequentes é: “Qual o momento certo para começar a colheita do milho para silagem?“.

Colher cedo demais significa perder potencial produtivo, colher tarde demais compromete a qualidade nutricional e a conservação da silagem.

Quando, então, é esse momento ideal? Entenda a seguir.

A dinâmica da planta de milho e seu valor nutritivo

O valor nutritivo da planta de milho não é estático. Ele muda conforme a planta cresce e amadurece.

No início do desenvolvimento, a planta de milho tem uma maior proporção de colmo e folhas. Com o avanço do ciclo, a espiga ganha representatividade, tornando-se essencial para a forragem.

O estádio de colheita ótimo corresponde ao farináceo-duro, momento em que o grão de milho representa 35% da matéria seca da forragem.

A tabela compara a composição da forragem em três estágios. No estágio "Grão leitoso", a matéria seca é de 21% e a composição é 30,1% de espiga, 20,6% de folha e 49,3% de haste. No "Grão farináceo", a matéria seca é de 35% e a composição é 56,8% de espiga, 14,9% de folha e 28,3% de haste. Por fim, no "Grão vítreo", a matéria seca é de 46% e a composição é 56,4% de espiga, 13,0% de folha e 30,6% de haste.

É nesse momento que a lavoura atinge seu pico de produção de matéria seca por hectare, e a umidade da planta está no nível perfeito para garantir uma fermentação de qualidade e a correta conservação da silagem.

Matéria-seca: o indicador-chave para a colheita do milho para silagem

A literatura técnica é unânime: o ponto ótimo de colheita do milho para silagem ocorre quando a planta atinge um teor de matéria-seca (MS) entre 32% e 38%. Essa faixa é considerada ideal por várias razões:

    • Máximo acúmulo de nutrientes: a planta atingiu seu pico de produção de massa seca por hectare.

    • Fermentação adequada: a umidade presente é suficiente para a atividade das bactérias benéficas, mas não excessiva a ponto de causar perdas por efluentes (chorume), que carregam nutrientes valiosos.

    • Boa compactação: a forragem não está tão seca a ponto de dificultar a expulsão do ar durante a compactação, um fator crítico para evitar a proliferação de fungos e leveduras.

Colher fora dessa janela ideal acarreta consequências diretas na produção.

A colheita do milho para silagem com a MS abaixo de 32% resulta em menor produção de massa seca por hectare, menor participação de amido e perdas significativas de nutrientes por efluentes, o que pode levar a um menor consumo pelos animais e menor conversão em carne ou leite.

Por outro lado, a colheita do milho para silagem com a MS acima de 38% leva à redução da digestibilidade das fibras, dificulta o processamento e a quebra dos grãos e torna a compactação um desafio, aumentando o risco de desenvolvimento de fungos no silo e permitindo que o animal selecione o alimento no cocho.

Mas afinal, como é possível determinar esse ponto de colheita ideal no campo? A resposta está na linha do leite no grão.

Aprendendo a interpretar a linha do leite no grão

Embora a análise laboratorial da MS seja o método mais preciso, o produtor pode (e deve) usar um indicador visual prático e eficiente no campo para determinar o melhor momento para colheita do milho para silagem: a linha do leite no grão.

Essa linha marca a separação entre a parte amilácea (dura/farinácea) e a parte líquida (leitosa) do grão.

A evolução da linha do leite é o principal fator que indica o momento de intensificar as medições de MS da planta inteira. O estádio de colheita ótimo geralmente ocorre quando a linha do leite está entre 1/2 e 2/3 da altura do grão, partindo da ponta para a base.

Figura 1. Avanço da maturidade fisiológica da planta de milho através da análise da linha do leite nos grãos. a) 50% da linha do leite; b) 75% da linha do leite. Foto: Syngenta Seeds.

Como colher o milho para silagem?

Uma vez definido o ponto de colheita do milho para silagem, o foco se volta para a operação de colheita.

A qualidade do trabalho da colhedora de forragem é determinante para a fermentação no silo e para o aproveitamento dos nutrientes pelo animal.

Ajustando o tamanho da partícula: o papel do sistema Penn State

O tamanho médio das partículas da silagem é um fator de duplo impacto.

Do ponto de vista da conservação, partículas menores e bem processadas facilitam a compactação, expulsando o oxigênio e criando o ambiente anaeróbico ideal para as bactérias láticas.

Do ponto de vista nutricional, a fibra precisa ter um tamanho que estimule a ruminação e a saúde do rúmen.

Para padronizar e avaliar o tamanho das partículas, foi desenvolvido o sistema de peneiras Penn State. Nesse sistema, a recomendação de distribuição de partículas para silagem de milho é a seguinte:

    • Peneira superior (19 mm): retenção de 2% a 8%. Essas são as partículas mais longas, responsáveis pela “fibra fisicamente efetiva” que estimula a mastigação e a salivação.

    • Peneira intermediária (8 mm): retenção de 45% a 65%. Corresponde ao corpo principal da silagem.

    • Peneira inferior (4 mm): retenção de 20% a 30%.

    • Bandeja de fundo: menos de 10%. Aqui se concentram os finos e os grãos bem processados.

Figura que demonstra a avaliação do tamanho de partículas da silagem de milho com o sistema de peneiras Penn State, organizada em quatro quadros.

É fundamental que o operador da colhedora e o responsável pela silagem monitorem constantemente o material que sai do equipamento e façam os ajustes necessários no equipamento para atingir essa distribuição ideal.

A escolha do híbrido ideal para silagem de milho

A escolha do híbrido de milho ideal é o ponto de partida para uma silagem de sucesso. As características genéticas da planta influenciam diretamente o potencial produtivo e a qualidade final da silagem.

Pensando nisso, a Sementes NK apresenta duas soluções de alta performance: o híbrido NK501 VIP3 e o híbrido NK509 VIP3.

NK501 VIP3: máxima rentabilidade e qualidade de silagem

O NK501 VIP3 é um híbrido que coloca a rentabilidade em primeiro lugar. Desenvolvido para entregar resultados superiores, ele é uma escolha estratégica para quem busca alta produção de massa com excelente valor nutricional.

Espigas de milho amarelas e maduras em destaque em um evento agrícola. Ao fundo, um prédio azul da Syngenta e um painel de lançamento do híbrido NK501 VIP3 da Sementes NK.

Híbrido NK501 VIP3 da Sementes NK.

Características do híbrido NK501VIP3:

    • Ciclo: precoce.

    • Finalidade: dupla aptidão, para grãos e silagem.

    • Tipo de grão: semi-dentado.

    • Exigência em fertilidade: alta.

    • Tolerância a doenças: apresenta excelente sanidade foliar geral, sendo moderadamente tolerante a mancha-de-bipolaris (Bipolaris maydis), helmintosporiose (Exerohilum turcicum), mancha-de-diplodia (Stenocarpella macrospora) e cercosporiose (Cercospora zeae-maydis)

    • Tolerância a enfezamento: é moderadamente tolerante ao complexo de enfezamentos do milho.

    • Tolerância a herbicidas: glifosato e glufosinato.

Quando escolher o NK501VIP3? O NK501 VIP3 é uma excelente opção para abertura de plantio, trazendo flexibilidade para o produtor decidir o destino da sua produção, seja a comercialização dos grãos ou a silagem.

Além disso, o híbrido NK501 VIP3 oferece a segurança necessária para proteger a lavoura do complexo de enfezamentos e das doenças foliares do milho, sem abrir mão de um alto potencial produtivo.

NK509 VIP3: mais produtividade e proteção

O NK509 VIP3 é o híbrido “dois em um”, que une mais produtividade e proteção para a lavoura.

Ele foi projetado para uma alta performance produtiva, oferecendo uma maior proteção a doenças foliares e uma ampla janela de semeadura com estabilidade produtiva.

Espigas de milho amarelas e maduras em destaque em um evento agrícola, do híbrido NK509 VIP3 da Sementes NK.

Híbrido NK509 VIP3 da Sementes NK.

Características do híbrido NK509 VIP3:

    • Ciclo: precoce.

    • Finalidade: dupla aptidão, para grãos e silagem.

    • Tipo de grão: semi-duro.

    • Exigência em fertilidade: alta.

    • Tolerância a doenças: apresenta excelente sanidade foliar geral, sendo moderadamente tolerante a mancha-de-bipolaris (Bipolaris maydis).

    • Tolerância a enfezamento: é moderadamente tolerante ao complexo de enfezamentos do milho.

    • Tolerância a herbicidas: glifosato e glufosinato.

Quando escolher o NK509VIP3? O NK509 VIP3 é a escolha perfeita para o produtor que busca um híbrido com estabilidade produtiva e que proporciona uma janela de plantio mais ampla e flexível.

Além disso, o híbrido NK509 VIP3 oferece a segurança necessária para proteger a lavoura do complexo de enfezamentos e das doenças foliares do milho, sem abrir mão de uma alta performance produtiva.

Da semente ao silo: a genética NK para uma silagem de alta performance

A produção de uma silagem de excelência é a soma de decisões inteligentes em todas as etapas. A base para um silo de alta qualidade é construída muito antes da colheita: ela começa na escolha da semente com o potencial genético certo para transformar a lavoura em nutrição de ponta.

Pensando nesse desafio, a NK Sementes vem desenvolvendo um portfólio robusto, adaptado às diferentes regiões do Brasil. Híbridos, como o NK501VIP3 e o NK509VIP3 são a materialização desses esforços, mostrando como é possível unir genética de alta performance, estabilidade e sanidade em uma única semente.

Mais do que genética, a NK entrega confiança e rentabilidade para quem busca consistência para produção de uma silagem de qualidade. Porque o que se planta com tecnologia, se colhe em qualidade.

Para uma silagem de excelência, escolha NK!

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