De acordo com dados do Rally da Safra, projeto da Agroconsult, a soja, um dos principais produtos agrícolas do País, possui projeção estimada para a safra 2022/23 de 153 milhões de toneladas. Esse volume representa o aumento significativo de 18,4% em relação à temporada anterior.

Apesar das positivas projeções, a produção atual de soja encontra-se aproximadamente 400 mil toneladas abaixo das expectativas iniciais.

Essa diferença pode ser atribuída a uma série de fatores, tais como condições climáticas desfavoráveis, problemas no manejo da cultura ou incidência de pragas e doenças. E é nesse contexto que o inoculante para soja desempenha papel importante.

Os inoculantes para soja, além de promoverem a fixação de nitrogênio por meio da associação simbiótica com bactérias específicas, também atuam de forma positiva na saúde das plantas.

Eles contribuem para o aumento da tolerância das plantas à estiagem, melhorando a absorção de nutrientes, fortalecendo o sistema radicular e promovendo o crescimento vigoroso da cultura.

Neste artigo, abordaremos a importância da inoculação, os principais tipos, como utilizar, para que serve o inoculante na soja e fatores importantes a serem considerados no momento do cultivo. Vamos lá? Acompanhe a leitura!

Por que usar inoculante para soja?

No Rio Grande do Sul, foi registrada a queda de 5 milhões de toneladas na produção de soja, ficando abaixo das expectativas iniciais. Essa redução pode ser atribuída principalmente à severa estiagem que afetou diversas lavouras na região, conforme informações obtidas pelo Rally da Safra, programa anual de acompanhamento das lavouras feito pela Agroconsult.

Diante de cenários desafiadores como o ocorrido no RS, os agricultores enfrentam contratempos significativos na manutenção dos níveis de produtividade.

A soja continua sendo um dos commodities mais importantes da agricultura nacional. Para manter os altos níveis de produtividade, é imprescindível que os agricultores encontrem soluções para garantir uma safra com alto rendimento.

Além de fornecer nitrogênio, os inoculantes exercem papel fundamental no aumento da resistência das plantas às condições ambientais adversas. Alguns dos benefícios proporcionados pelos inoculantes incluem:

•  melhoria na absorção de água e nutrientes;
• estímulo ao desenvolvimento das plantas;
• aumento da resistência à seca.

No entanto, é importante destacar que a qualidade da inoculação pode ser afetada por diversos fatores. É essencial aplicar os inoculantes na quantidade recomendada, utilizar produtos de qualidade e seguir as instruções do manual quanto ao método de inoculação adequado.

Ao garantir uma inoculação correta, os agricultores podem maximizar os benefícios dos inoculantes e obter os melhores resultados em suas lavouras de soja. Mas você sabe quais são os principais inoculantes?

Principais tipos de inoculantes

Bradyrhizobium japonicum e Bradyrhizobium elkanii

O gênero de bactérias gram-negativas chamado Bradyrhizobium desempenha função fundamental na fixação do nitrogênio atmosférico quando associado a plantas da família Fabaceae, popularmente conhecidas como leguminosas.

A criação desse novo gênero de micro-organismos foi motivada pela descoberta de uma bactéria com características fisiológicas distintas das outras espécies do gênero Rhizobium. Essa bactéria foi identificada como Bradyhizobium japonicum.

O B. japonicum é uma espécie de bactéria simbiótica capaz de estabelecer interações com várias leguminosas e realizar o processo de fixação e fornecimento de nitrogênio atmosférico para as plantas.

Essa habilidade conferiu a esses micro-organismos a classificação de bactérias diazotróficas, também conhecidas como rizóbios.

Já o Bradyrhizobium elkanii é uma espécie de bactéria fixadora de nitrogênio originalmente identificada como uma cepa do grupo II de homologia de DNA do B. japonicum.

Seu teor de ácidos graxos e os perfis de resistência a antibióticos foram as principais diferenças fenotípicas que ajudaram a estabelecê-la como nova espécie.

Ambos os tipos de inoculantes de soja infectam as raízes da soja, formando nódulos e, no seu interior, ocorre o processo de fixação biológica do nitrogênio (FBN).

As sementes de soja da NK contam com um processo de aplicação do inoculante por TSI e recebem a tecnologia RizoLiq LLI, que oferece alta rentabilidade e produtividade para a lavoura.

Azospirillum brasilense

Azospirillum é um gênero de rizobactérias endofíticas gram-negativas proposto nos anos 1970, composto por várias espécies, incluindo Azospirillum lipoferum e Azospirillum brasilense.

Essas bactérias colonizam principalmente as raízes de gramíneas, como cana-de-açúcar, milho, arroz e trigo.

O nome do gênero faz referência ao nutriente nitrogênio. Sua relação simbiótica foi descoberta pela pesquisadora Johanna Döbereiner, da Embrapa, revelando a capacidade dessas bactérias de fixar biologicamente o nitrogênio, benefício importante na agricultura.

Como aplicar inoculante na soja?

Os inoculantes são comercializados em formato líquido e sólido (turfoso), e seu objetivo é facilitar o contato entre a semente, o solo e as bactérias.

O inoculante líquido pode ser aplicado via semente e via sulco de semeadura. Já o inoculante à base de turfa só pode ser empregado via semente.

E é importante que o agricultor siga rigorosamente as orientações de inoculação descritas pelos fabricantes.

Vamos ver, então, as três formas de inocular a soja.

Inoculante turfoso

Sua forma de aplicação é via semente, e a dose aplicada deve seguir a regra de 1,2 milhão de células viáveis por semente.

Em seguida, as sementes devem ser umedecidas com solução açucarada (300 ml/50 kg de sementes de água açucarada a 10%, ou seja, 100 g de açúcar e completar para 1 litro), ou outra substância adesiva, misturando bem.

Por fim, adicione o inoculante, homogenize e deixe secar à sombra por pelo menos 30 minutos.

Inoculante líquido em tratamento de sementes (TS)

Aplique uma dose (1,2 milhão de células viáveis por semente) nas sementes. Faça isso de modo homogêneo e deixe secar à sombra.

Inoculante líquido no sulco de semeadura

Aplique seis doses (7,2 milhões de células viáveis por semente) e lembre-se de que o volume mínimo de aplicação (inoculante mais água) deve ser de 50 L/ha.

E a aplicação em TSI?

Como parceira da sua rentabilidade, a NK está sempre em busca de formas de facilitar as operações e trazer mais benefícios para você, agricultor, otimizar seu tempo e reduzir as operações na fazenda.

A semente de soja da NK já é inoculada diretamente no TSI (tratamento de sementes industrial), cujo processo, além de inocular a semente, ainda soma um portfólio altamente efetivo no controle de pragas e doenças, garantindo os mais altos índices de qualidade de produção.

Uma das vantagens da inoculação via TSI é a aplicação do volume correto de inoculante por semente e os cuidados no acondicionamento em câmeras climatizadas, desde o pós-tratamento até o momento do embarque, trazendo a segurança para que o agricultor receba as sementes totalmente protegidas e já aptas a serem plantadas.

Além disso, o tratamento industrial favorece o crescimento de plantas mais homogêneas.

Convidamos você para assistir ao 2º episódio do Abra e Plante NK sobre inoculante de soja e conferir o depoimento do nosso parceiro Paulo Henrique Garcia, após utilizar as soluções da NK7201 IPRO.