Proteja seu cultivo da estria bacteriana do milho

Aprenda como combater a estria bacteriana do milho, doença foliar que acomete diversas plantações ao redor do mundo.

29 de fevereiro de 2024

Por Sementes NK

Causada pela bactéria Xanthomonas vasicola pv. vasculorum, a estria bacteriana do milho é uma doença foliar que acomete diversas plantações de milho ao redor do mundo.

Reportada pela primeira vez em 1949, na África do Sul, ela tem despertado a preocupação de produtores e técnicos envolvidos com a cultura do milho.

Nos Estados Unidos, a doença alcançou níveis epidêmicos em três Estados: Nebraska, Kansas e Colorado. Já no Hemisfério Sul, a estria bacteriana do milho foi constatada em pelo menos dez províncias da Argentina e também no Brasil, em regiões produtoras do milho no Estado do Paraná.

Os casos de bacteriose em milho têm evoluído rapidamente no Sul do Brasil e isso se deve aos altos níveis de chuvas na região.

Para lidar com essa condição, que pode causar prejuízos econômicos ao produtor, vamos abordar estratégias de manejo e medidas preventivas que podem contribuir para o controle eficaz da estria bacteriana do milho. Boa leitura!

Como ocorre a infecção?

A estria bacteriana no milho começa seu ciclo quando se instala em restos culturais ou até mesmo em plantas daninhas na área, caracterizando a fonte de inóculo inicial da doença na área.

A partir da existência desse inóculo inicial, as primeiras lesões causadas pela estria bacteriana começam a surgir no milho. Inicialmente, a infecção ocorre por meio de portas naturais, como os estômatos, ou machucados na folha, como lesões causadas por insetos, impactos climáticos, como ventos e granizos, ou devido a doenças foliares.

A bactéria entra no tecido foliar e coloniza os espaços intercelulares, chamado apoplasto. Nesse espaço, há a produção natural de exsudatos em forma de gotículas sobre a folha, e estas por sua vez contêm as bactérias. Em dias de chuva ou quando a planta é irrigada, essas gotículas são levadas para outras plantas próximas, dispersando, assim, as bactérias e contribuindo para a propagação da infecção na área.

Sintomas e identificação da bacteriose no milho

Os sintomas aparecem como manchas estreitas nas folhas, com as bordas onduladas que variam em comprimento. As manchas podem ser curtas, do tamanho de uma polegada, ou maiores, se estendendo por vários centímetros. Sua coloração varia entre marrom, castanho ou laranja e aparecem entre as veias das folhas. Às vezes, as manchas surgem perto da parte do meio da folha, enquanto em outros casos podem se espalhar por toda a folha.

Proteja seu cultivo da estria bacteriana do milho

Em situações mais sérias, as manchas podem se espalhar por toda a folha e se juntar para formar áreas necróticas, fazendo com que a folha inteira seque.

A planta perde parte importante da sua capacidade de fazer fotossíntese e, para tentar compensar e completar o desenvolvimento dos grãos, ela utiliza os carboidratos armazenados no colmo.

Como consequência, isso enfraquece o colmo e pode fazer com que ele quebre.

 

Ciclo da estria bacteriana

Ciclo da estria bacteriana

 

Como controlar bacteriose em milho?

O grande desafio para os agricultores está justamente no controle da doença, devido à facilidade com que ela se propaga na lavoura. A seguir, vamos entender quais as opções existem para o controle dessa doença.

Controle orgânico

Ainda não é possível realizar o controle biológico da estria bacteriana do milho. O mais indicado são manejos preventivos para evitar a doença.

Algumas medidas preventivas indicadas são:

• rotacionar com culturas não hospedeiras, como a soja ou o trigo;
• utilizar híbridos de milho tolerantes;
• fazer a colheita dos campos infectadas por último para evitar propagação.

Controle químico

Já no caso do controle químico, a UFG realizou testes e concluiu que produtos à base de amônia quaternária, óxido cuproso, oxicloreto de cobre e casugamicina proporcionaram maior controle da doença.

Entretanto, tão importante quanto o produto a ser utilizado é o correto momento de aplicação. Por isso, os fungicidas tradicionais à base de triazóis e estrobilurinas e/ou carboxamidas também têm contribuído significativamente no controle indireto da estria bacteriana quando aplicados preventivamente, visto que controlam eficazmente doenças foliares como turcicum, diplodia, cercóspora, entre outras, e impedem assim que se abra porta de entrada para a estria bacteriana.

Vale destacar que, caso você perceba sinais de estria bacteriana em sua lavoura de milho, é fundamental entrar em contato com um técnico especializado na área. Além disso, deve-se enviar uma amostra da planta afetada para análise em um laboratório.

Esses protocolos permitem a identificação precisa da bactéria causadora da doença, facilitando a implementação de medidas de controle adequadas e ajudando a proteger sua plantação contra danos mais extensos.

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Optar por híbridos tolerantes é uma estratégia inteligente para proteger sua plantação contra desafios, como o caso da estria bacteriana.

As sementes da NK são desenvolvidas cuidadosamente e aprimoradas para enfrentar adversidades específicas, oferecendo sanidade foliar e otimizando o desempenho do plantio à colheita.

Por isso, ao escolher os híbridos da Sementes NK, você não apenas investe em sementes de alta performance, mas tem a oportunidade de obter resultados mais rentáveis e produtivos em sua lavoura.

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