Monitoramento de pragas: saiba a importância e conheça as melhores ferramentas

Saiba porque o monitoramento de pragas é tão importante para as lavouras e a produção agrícola.

11 de dezembro de 2023

Por Sementes NK

No passado, o monitoramento de pragas representava um desafio significativo para os produtores rurais. Isso se devia, em parte, à limitação das técnicas disponíveis, que frequentemente acarretavam riscos para a qualidade da produção.

Além disso, a tecnologia não havia atingido o nível de desenvolvimento que encontramos nos dias atuais para apoiar no monitoramento do campo.

Hoje em dia, o cenário mudou consideravelmente com a evolução das práticas agrícolas, incluindo o Manejo Integrado de Pragas (MIP).

Como parte dessa evolução, alguns agricultores já até mencionam a “Agricultura 5.0”, que representa a integração de tecnologias avançadas que visando otimizar a rentabilidade do produtor ao máximo.

Nesse contexto, você sabe quando deve monitorar e controlar as pragas da lavoura? Vamos esclarecer esse aspecto. Boa leitura!

 

A importância e os benefícios do monitoramento de pragas

No campo, o ciclo agrícola é uma jornada que se inicia com um planejamento minucioso, muito antes das sementes serem  semeadas.

Nessa etapa, os agricultores antecipam os potenciais desafios que podem surgir desde as pragas de solo até os manejos foliares das plantas. Pragas comuns como a temida lagarta-elasmo ou broca do colo são identificadas como potenciais ameaças.

À medida que as estações avançam, o monitoramento torna-se uma atividade constante, e essencial para a sustentabilidade da lavoura.

Um dos principais objetivos do monitoramento é entender o momento mais adequado para pulverização de defensivos, mantendo o equilíbrio na lavoura, onde a saúde das plantas é preservada garantindo seu desenvolvimento de forma robusta.

Ainda, no âmbito do monitoramento, é fundamental reconhecer o que torna uma população de organismos uma praga. Isso ocorre quando seus números atingem níveis que sinalizam causar danos significativos às plantações, representando prejuízo econômico para os agricultores.

Nesse contexto, o monitoramento de pragas e doenças assume papel de destaque, pois ajuda a controlar as ameaças que pairam sobre a lavoura e podem prejudicar a produção agrícola.

O segredo do combate e da prevenção reside na capacidade de determinar o tempo apropriado para implementar medidas de controle e, assim, conter a possível infestação.

Essa tarefa envolve uma análise minuciosa dos potenciais danos. Isso implica tanto na avaliação dos sintomas quanto na quantificação da densidade das pragas e na observação de fatores, como estágios de desenvolvimento e distribuição das pragas na lavoura.

Com base nessa abordagem fundamentada em dados, os agricultores podem tomar melhores decisões, implementando estratégias de manejo de pragas. O objetivo final é:

• minimizar os prejuízos;
• reduzir custos;
• amplificar a produtividade;
• otimizar o uso de inseticidas químicos;
• preservar inimigos naturais;
• manter a biodiversidade;
• Reduzir perdas da lavoura.

Com todos esses cuidados, é possível maximizar a produtividade de forma sustentável, assegurando o sucesso da colheita.

Afinal, como funciona o manejo integrado de pragas (MIP)?

O manejo integrado de pragas (MIP) é definido como o “uso de táticas de controle, isoladamente ou associadas harmoniosamente, numa estratégia baseada em análises de custo-benefício, que levam em conta o interesse e/ou o impacto sobre os produtores, sociedade e o ambiente” (Kogan, 1998).

Como já mencionado, o monitoramento desempenha papel fundamental no processo de identificação e quantificação das pragas que podem prejudicar as plantações. Após a realização desse mapeamento inicial, é necessário manter uma rotina de monitoramento constante até o momento da colheita.

No MIP, a ênfase principal está na promoção do controle natural das pragas, bem como na análise detalhada das plantas, incluindo raízes, folhas, hastes, flores e frutos. Armadilhas são empregadas quando necessário para auxiliar nesse processo.

É importante notar que as populações de pragas naturalmente apresentam flutuações, com tendência a aumentar durante climas mais quentes, por exemplo.

Portanto, a implementação do MIP se torna crucial, pois determina o nível de controle apropriado para cada praga, mantendo-o sempre abaixo do ponto em que causaria danos econômicos significativos ao produtor.

Além disso, é crucial identificar quais insetos são benéficos ou prejudiciais para a lavoura. Isso ocorre porque, em muitos casos, alguns deles desempenham papel importante como predadores naturais na redução de infestações.

Essa abordagem é eficaz para implementar o Manejo Integrado de Pragas, promovendo o controle natural e biológico das pragas.

Níveis de danos e ferramentas para controle de pragas do MIP

No Manejo Integrado de Pragas (MIP), os níveis de danos são indicadores que ajudam os agricultores a determinar quando é necessário intervir no controle de pragas. Existem geralmente três níveis de danos no MIP:

Nível de Dano Econômico (NDE): aqui o nível varia de acordo com o preço do produto e o custo de controle. Quando o preço do produto é alto, o NDE é menor. Quando o custo de controle é alto, o NDE é maior. Isso ocorre quando a cultura é altamente suscetível à praga e os danos potenciais são significativos;
Nível de Ação (NA): esse é o ponto crítico em que as pragas atingem nível que requer intervenção, mas sem causar danos econômicos significativos devido à baixa densidade. Contudo, é importante existir o investimento em ações para reduzir as perdas a fim de impedir que o NDE seja alcançado;
Nível de Equilíbrio (NE): nesse ponto, temos a média da densidade populacional de insetos em um longo período, sem a influência de intervenções temporárias no controle de pragas.

O monitoramento de pragas e doenças está diretamente ligado à integração de diversas ferramentas de controle, que incluem manejo cultural, feromônios, plantas iscas, agentes de controle químico e biológico.

Monitoramento de pragas: saiba a importância e conheça as melhores ferramentas

Monitoramento de pragas na soja

Na cultura da soja, o monitoramento é realizado utilizando o método da “pano de batida,” que serve para capturar e quantificar lagartas, percevejos e outros insetos na lavoura.

Antes de iniciar o procedimento, é fundamental examinar as ponteiras das plantas em busca de lesões. Em seguida, um pano é estendido ao longo de um metro e preferencialmente a batida de pano deve ser feita nos períodos mais frescos do dia.

Começa-se a bater suavemente na folhagem da soja sobre o pano com a finalidade de derrubar os insetos sobre o pano, que irá permitir a contagem das diferentes espécies de insetos para a identificação das pragas.

Enquanto se realiza o procedimento, é aconselhável anotar as características dessas pragas agrícolas e de seus predadores em uma planilha, facilitando o controle do monitoramento da plantação.

Recomenda-se realizar no mínimo 10 batidas/amostragens em toda a área da lavoura, possibilitando a análise das contagens e a obtenção da média das pragas para tomadas de decisão mais embasadas.

As principais pragas que acometem a plantação de soja, são:

• lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis)

• percevejo-marrom;

• lagarta helicoverpa;

• tamanduá-da-soja;

• corós;

Spodoptera frugiperda.

E, por falar em pragas na cultura da soja, você sabia que a escolha correta das sementes desempenha impacto positivo para a alta produtividade?

A cultivar NK7201 IPRO é um exemplo concreto de como a opção por sementes resistentes desempenha papel fundamental no manejo integrado de pragas e doenças.

Resistente a doenças como o cancro da haste, fitoftora e mancha-olho-de-rã, que comprometem a saúde das plantas e podem causar perdas significativas na produção, essa cultivar possui alto potencial produtivo e adaptação para diversas condições ambientes.

Monitoramento de pragas no milho

No caso dos híbridos de milho, a aplicação correta das estratégias de manejo integrado oferece ao agricultor maior chance de manter o equilíbrio do ambiente, preservando os inimigos naturais das pragas e impedindo prejuízos econômicos.

Uma das bases do MIP é o monitoramento de insetos que ocorrem na cultura, definindo o que é praga primária e secundária, e o que é inimigo natural, frequência de ocorrência e época do ano.

Esse reconhecimento é fundamental para a tomada de decisão do que aplicar e quando aplicar.

O monitoramento pode ser feito para todos os insetos durante a cultura do milho, desde os que atacam na fase inicial até a espiga de milho.

O número de amostragens depende do tamanho da área e do custo. Contudo existem estágios da lavoura mais críticos no que se refere ao ataque de pragas, nos quais essas devem ser vistoriadas.

Mas, afinal, quais são as pragas que mais atacam e prejudicam as lavouras de milho?

Os principais insetos que acometem a plantação de milho, são:

• coró das pastagens (Diloboderus abderus);

• larva arame (Conoderus spp., Melanotus spp.);

• percevejos (Euschistus heros; Dichelops spp.);

• lagarta rosca (Agrotis ipsilon);

• lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda);

• lagarta da espiga (Helicoverpa zea);

cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis).

No mundo desafiador da agricultura, onde pragas e doenças representam ameaça constante à saúde da sua plantação de milho, a escolha de híbridos resistentes é uma decisão importante.

O Feroz Viptera 3 é mais do que apenas um híbrido de milho: é um investimento na segurança e no sucesso da sua colheita.

Sua resistência a doenças, o baixo fator de reprodução para nematoides e a produtividade exuberante fazem dele a escolha confiável para agricultores que buscam maximizar o potencial de sua plantação de milho.

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