Cigarrinha-africana: alerta para os produtores da cultura de milho

Fique por dentro de tudo que sabemos sobre a cigarrinha-africana

2 de janeiro de 2024

Por Sementes NK

A cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) já é uma praga bastante conhecido dos produtores rurais no Brasil. Porém, agora uma nova ameaça aos híbridos de milho foi identificada: a cigarrinha africana, também conhecida como Leptodelphax maculigera.

O que sabemos sobre a cigarrinha-africana?

Originária da África, a cigarrinha africana já foi registrada em vários países do continente, incluindo Ilhas Mascarenhas, Costa do Marfim, Madagascar, Quênia e Camarões.

Até recentemente essa espécie não havia sido detectada nas Américas, não sendo considerada uma praga quarentenária pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil.

A cigarrinha africana é uma espécie oligófaga, que se alimenta de diversas plantas da família das Poaceae (gramíneas), e é capaz de se adaptar a diferentes regiões.

Um dos principais desafios que a cigarrinha africana impõe é sua similaridade com a cigarrinha do milho (D. maidis), o que dificulta a identificação correta por parte dos agricultores durante as inspeções de campo.

A cigarrinha-do-milho (D. maidis) tem como principal característica pontuações escuras na cabeça, enquanto a cigarrinha-africana (L. maculigera) detém uma mancha escura no clípeo (região localizada na parte inferior da cabeça).

Em se tratando da sua ecologia, bem como ocorre com outras cigarrinhas, a Leptodelphax maculigera é uma espécie que se alimenta da seiva das plantas. Ela é principalmente encontrada em áreas de cultivo de milho, forrageiras e plantas não cultivadas.

Primeira ocorrência da cigarrinha africana no Brasil

O primeiro registro da cigarrinha africana no Brasil ocorreu no estado de Goiás. Entre julho e novembro de 2022, amostras de L. maculigera, incluindo formas jovens e adultas, foram coletadas e estudadas pela Universidade Federal de Goiás.

Na ocasião, a cigarrinha africana foi associada a importantes culturas agrícolas, como milho, brachiaria, capim-elefante, variedades de capim BRS capiaçu e feijão, sendo que a identificação da espécie foi validada por meio de análises morfológicas das partes genitais masculinas do inseto.

Posteriormente, o Rio Grande do Sul e o Paraná também registraram a presença da cigarrinha africana no milho por meio de dispositivos de monitoramento, e ambos foram encaminhados para laboratórios que fizeram a confirmação da espécie.

Potencial de danos e doenças transmitidas pela cigarrinha africana

Atualmente, a espécie L. maculigera é conhecida pelo potencial da transmissão do enfezamento fitoplasma e spiroplasma (infecção da planta por bactérias) e do vírus da risca (que reduz a produção de grãos).

Segundo estudo da UEPG, devido ao potencial de transmissão do vírus que carrega no corpo, a perda de lavoura do milho pode chegar de 20% a 30%, mas ainda é necessário realizar trabalhos complementares com esses insetos infectados para comprovar sua capacidade de transmitir doenças.

Outro fator que os estudos ainda precisam confirmar é se o potencial de transmissão do enfezamento do milho por fitoplasma/spiroplasma e do vírus da risca é maior ou menor que a espécie já existente, cigarrinha-do-milho (D. maidis).

Estratégias de manejo da cigarrinha-africana

O manejo da cigarrinha-africana pode ser realizado por meio de diversas estratégias integradas, que visam a minimizar os danos causados por essa praga do milho. Confira, a seguir, algumas das estratégias mais comuns.

Rotação de culturas: devido à alternância de diferentes culturas no mesmo terreno ao longo do tempo, essa estratégia pode ajudar a interromper o ciclo de vida da cigarrinha-africana, fazendo com que suas capacidades de sobrevivência e reprodução sejam reduzidas.

Redução da janela de semeadura: ao reduzir a janela de semeadura, os produtores implantam os híbridos em um período mais específico, evitando plantio em períodos que as populações de cigarrinhas estão no auge. Essa prática reduz a exposição das plantas a possíveis ataques.

Tratamento de semente industrial (TSI): esse tipo de tratamento por si só oferece diversos benefícios no controle de pragas e doenças durante as fases iniciais de desenvolvimento das culturas, incluindo a cigarrinha-africana, à medida que germina e cresce.

O Fortenza® Vip Turbo apresenta em sua composição a combinação de inseticidas e fungicidas, proporcionando o excelente controle de pragas e doenças iniciais que afetam tanto as sementes quanto o solo.

Por essa razão, o Fortenza® Vip Turbo é a escolha ideal para você, pois desempenha um papel essencial no manejo integrado de pragas e doenças na cultura do milho.

Escolha de híbridos tolerantes: optar por sementes de milho mais tolerantes ou menos suscetíveis a pragas e doenças é uma estratégia eficaz para reduzir danos causados na lavoura.

Um exemplo notável é o híbrido NK509VIP3, que apresenta bom perfil sanitário, deixando-o menos suscetível às principais doenças foliares que podem afetar as lavouras de milho.

Outra característica do NK509VIP3 é sua boa tolerância ao complexo de enfezamento, característica essa, desejada por todas os produtores das regiões onde essa doença prevalece.

Com manejo adequado, esse híbrido oferece maior tolerância às adversidades, promovendo um desenvolvimento robusto e, consequentemente, maior produtividade e rentabilidade ao produtor.

Controle químico e biológico: o controle químico pode envolver o uso de produtos específicos quando as populações de cigarrinhas atingem níveis prejudiciais à plantação. Já com o controle biológico, é possível introduzir inimigos naturais ou utilizar patógenos para o manejo da cigarrinha africana.

É importante lembrar que a escolha da estratégia de manejo depende de vários fatores, como as condições do local, a densidade da infestação e das características da cultura do milho.

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