Produção de milho: do plantio à colheita com eficiência

Etapas e Cuidados essenciais no cultivo do milho

23 de julho de 2024

Por Sementes NK

O milho é mais do que um simples grão, é um dos pilares do agronegócio brasileiro e desempenha um papel crucial na economia e na segurança alimentar do país.

No cenário global, o Brasil se destaca como um dos maiores produtores desse grão essencial, alimentando milhões de pessoas dentro e fora de suas fronteiras. E essa importância tende a crescer: o Ministério da Agricultura projeta um futuro promissor, com a produção de milho alcançando a faixa de 390 milhões de toneladas nos próximos dez anos.

Neste artigo, você vai encontrar detalhes sobre o processo de produção do milho, explorando desde o cultivo até a colheita e os principais desafios enfrentados pelos produtores.

Produção nacional

O milho é a segunda maior cultura agrícola brasileira em área plantada. Em 2023, o Brasil exportou 56 milhões de toneladas de milho e superou os Estados Unidos como o maior exportador de milho do mundo, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Entre as áreas de cultivo que se destacam no cenário nacional, temos Centro-Oeste, Sul e Sudeste. A região de MATOPIBA, formada pelos Estados do Maranhão, de Tocantins, do Piauí e da Bahia, está crescendo e ficando em evidência na produção brasileira de milho e outros grãos.

Tais conquistas são possíveis graças à evolução no desenvolvimento dos híbridos, que têm sido aprimorados para atender às diferentes necessidades de clima, solo e infraestrutura, junto ao manejo estratégico de pragas e do solo. Entretanto, a produção de 1 hectare de milho pode variar significativamente dependendo desses fatores. Em média, cada grão de milho pode gerar uma planta e, consequentemente, uma espiga, totalizando uma produção significativa por hectare.

Em condições ideais, a produtividade média no Brasil gira em torno de 5 a 6 toneladas por hectare.

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Ciclo de produção

Uma boa gestão do processo agrícola deve levar em consideração aspectos importantes do cultivo do milho como o seu ciclo de produção, que pode variar entre 90 e 150 dias, a depender do híbrido e das condições climáticas.

O ciclo inclui as seguintes fases:

1. Germinação e emergência: primeiras 1 a 2 semanas após o plantio.

2. Desenvolvimento vegetativo: aproximadamente 4 a 6 semanas.

3. Florescimento: aproximadamente 2 semanas.

3. Formação de grãos: aproximadamente 4 semanas.

4. Maturação: aproximadamente 3 a 4 semanas até a colheita.

Atenção na hora do cultivo

No momento do cultivo, é preciso atentar-se a uma série de práticas agronômicas que visam otimizar o crescimento e a produtividade das plantas.

Essas práticas incluem:

• Rotação de culturas: alternar o milho com outras culturas para melhorar a saúde do solo e reduzir a incidência de pragas e doenças.

• Adubação: uso de fertilizantes adequados e em dosagens corretas para fornecer os nutrientes essenciais para que o milho se desenvolva e produza bem.

• Controle de pragas e doenças: monitoramento e aplicação de defensivos agrícolas para prevenir ataques de pragas e doenças em potencial, como a cigarrinha-africana e a estria bacteriana do milho.

• Irrigação: suprimento adequado de água, especialmente em regiões com déficit hídrico.

Após a etapa de produção, que envolve o cultivo, feito preferencialmente com sementes de alta qualidade, e a colheita dos grãos maduros, o produtor deve voltar sua atenção para as etapas seguintes da cadeia produtiva do milho, direcionadas à sua comercialização:

• Armazenamento: secagem e armazenamento dos grãos para prevenir deterioração.

• Processamento: transformação dos grãos em produtos finais, como farinha, óleo e ração animal.

• Distribuição e comercialização: transporte e venda dos produtos para consumidores e indústrias.

Dentre essas três etapas, o processamento do milho requer especial cuidado, pois envolve várias etapas importantes para que os grãos possam servir adequadamente na criação de produtos utilizáveis. As etapas incluem:

• Limpeza: Remoção de impurezas.

• Secagem: Redução da umidade dos grãos.

• Moagem: Transformação dos grãos em farinha ou outros produtos.

• Extrusão: Produção de produtos como cereais matinais e snacks.

• Refino: Produção de óleo de milho e outros derivados.

Calculando o plantio

Para calcular o plantio de milho, deve-se considerar a densidade de plantio, o espaçamento entre linhas e a quantidade de sementes por metro linear. O cálculo por hectare pode ser obtido através dos seguintes passos:

1. Contagem das plantas por hectare: conte as plantas em diferentes pontos da área cultivada, considerando variações no solo e híbridos diferentes.

2. Contagem de grãos por espiga: cada híbrido gera uma espiga com características diferentes, entre elas a quantidade de grãos por espiga. Para calcular o número de grãos, conte quantos estão presentes em uma fileira e multiplique a quantia pelo número de fileiras.

3. Pesagem dos grãos por área: retire os grãos das espigas selecionadas e pese-os separadamente em uma balança. Registre o peso dos grãos de cada espiga e depois calcule a média total.

Com essas informações sobre o número de plantas por hectare e o peso médio dos grãos, você será capaz de estimar a produtividade do milho por hectare com a seguinte fórmula:

Produtividade = (Plantas por hectare×Peso médio dos grãos por espiga)

Seguindo esses passos, você obterá a produtividade em quilogramas por hectare (kg/ha).

Principais desafios

A produção de milho no Brasil, apesar de ser uma das mais desenvolvidas no mundo, enfrenta diversos desafios que impactam a eficiência e a rentabilidade dos produtores. Confira alguns deles:

1. Variabilidade climática

A agricultura depende fortemente das condições climáticas, e o milho não é exceção. Períodos de seca prolongada, excesso de chuvas ou eventos climáticos extremos, como geadas e tempestades, podem comprometer o desenvolvimento das plantas e reduzir significativamente a produtividade.

A falta de previsibilidade climática exige que os produtores adotem estratégias de manejo de risco, como o uso de híbridos de milho mais resistentes e a implementação de sistemas de irrigação eficientes.

2. Pragas e doenças

O milho está suscetível a uma variedade de pragas e doenças que podem causar grandes perdas na produção. Insetos como a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) e doenças como o enfezamento do milho são desafios constantes.

O manejo integrado de pragas (MIP), que inclui a utilização de defensivos agrícolas, controle biológico e práticas culturais, é essencial para minimizar os danos.

3. Custos de produção

Os custos de insumos agrícolas, como sementes, fertilizantes e defensivos, têm aumentado significativamente. Além disso, os custos de mão de obra e maquinário também representam uma parcela importante do orçamento dos produtores.

A busca por tecnologias que aumentem a eficiência e reduzam os custos operacionais é uma prioridade para manter a competitividade.

4. Infraestrutura e logística

A infraestrutura de transporte e armazenamento no Brasil ainda é um desafio. Estradas em más condições, falta de silos para armazenagem adequada e custos elevados de transporte podem dificultar o escoamento da produção e impactar negativamente a rentabilidade dos produtores.

Investimentos em infraestrutura e melhorias na logística são essenciais para facilitar o acesso aos mercados.

5. Flutuações de preço

O preço do milho no mercado é influenciado por diversos fatores, incluindo oferta e demanda global, políticas agrícolas, e variações cambiais. Essas flutuações podem criar incertezas e dificultar o planejamento financeiro dos produtores.

Mecanismos de proteção, como contratos futuros e opções de venda, podem ser utilizados para mitigar os riscos de variações de preço.

6. Sustentabilidade e impacto ambiental

A pressão por práticas agrícolas mais sustentáveis e a necessidade de minimizar o impacto ambiental são desafios contínuos.

A adoção de técnicas de agricultura de precisão, rotação de culturas, e práticas de conservação do solo são algumas das estratégias que ajudam a promover a sustentabilidade na produção de milho.

Conclusão

Como vimos até aqui, a produção de milho é uma atividade complexa que envolve diversas etapas e desafios. Desde o preparo do solo até a colheita e processamento, cada fase exige técnicas específicas e atenção aos detalhes.

Apesar de certos desafios, a combinação de boas práticas agrícolas, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, uso de sementes de alta qualidade e melhorias na infraestrutura pode ajudar os produtores a superar esses obstáculos e continuar a aumentar a produtividade e a sustentabilidade do milho brasileiro.

Esses fatores combinados permitem que os produtores maximizem a produtividade e a qualidade do milho, contribuindo significativamente para a economia do país e para a segurança alimentar global.

Com um entendimento profundo do ciclo de produção e das melhores práticas de cultivo, os produtores podem continuar a superar desafios e aumentar a eficiência, garantindo que o milho brasileiro mantenha sua posição de destaque no mercado global.

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